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Liberdade. Muitos viveram por ela. Muitos viveram sem ela. Muitos sonharam, lutaram e até morreram por ela. Valor inestimável para a humanidade, a liberdade tem sido causa de guerras e revoluções, tem dado sentido para a vida e para a morte. Ao longo dessa história, a religião, – com seus dogmas, preconceitos e intolerâncias, tem sido vista como perseguidora e limitadora da verdadeira liberdade. Esta nunca foi a proposta de Jesus: um homem livre de preconceitos, que amava as pessoas incondicionalmente, oferecendo-lhes uma nova razão de viver. A Comunidade Icthus oferece a oportunidade de rediscutir o conceito de liberdade, a partir dos ensinamentos de Jesus Cristo, e também de experimentá-la de forma plena e integral, proporcionando paz, amizade, restauração e um novo propósito pra vida. Como disse Santo Agostinho, “o homem é mais livre quando controlado apenas por Deus”. Nossas reuniões: Endereço:205 Portobello Road London W11 1LU,Notthing Hill . Data e Horário: Todos os Domingos, às 19h. Contato:info_icthus@hotmail.com ou 07901213802

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Mais Que Vencedores


Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou” (Romanos 8.37)
Ninguém gosta de perder! O desejo de ganhar e de conquistar está no nosso sangue. Vivemos buscando o sucesso na vida e criamos nossos filhos para serem vencedores. Julgamos-nos preparados (e programados) para ganhar, mas raramente sabemos lidar com a realidade das perdas. Por isso, o texto de Paulo em Romanos 8.37 é muito atraente. Lemos de peito aberto: “somos mais que vencedores”. Mas como entender isso quando o médico diagnostica o câncer, ou quando o casamento termina em divórcio, ou ainda quando aquele filhinho querido e tão carinhoso cresce, se torna um desconhecido e se perde em amizades perigosas? Como ler em Paulo que somos mais que vencedores quando somos demitidos do emprego, as dívidas se acumulam como uma grande bola de neve e precisamos viver da bondade e do socorro de parentes e amigos?
Quando lemos Romanos 8, porém, descobrimos que Paulo está falando de algo muito superior. Aliás, a força da expressão “somos mais que vencedores” está justamente no contexto imediatamente anterior, quando Paulo fala de “tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada”, e ainda diz que “somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados ovelhas para o matadouro” (vs.35-36). Aí, então, ele afirma que “em todas estas coisas (ou seja, apesar delas), somos mais que vencedores”.
Isso quer dizer que ser um vencedor, na compreensão de Paulo, não estava relacionado com circunstâncias externas favoráveis ou mesmo com um estado de mente livre de qualquer ansiedade. A verdadeira vitória, aquilo que nos torna mais que vencedores, segundo Paulo, tem um caráter essencialmente relacional e tem a ver com a pergunta “Quem nos separará do amor de Cristo?” (v.35). “…somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”. Nossa maior vitória não tem a ver com sucesso profissional, prosperidade financeira, sorte no amor etc., mas com a certeza do amor de Deus por nós. Saber que somos amados e aceitos por Deus, imerecidamente, apesar do pecado que habita em nós, e que ninguém e nada pode nos tirar isso, é o que nos leva a exclamar, com toda convicção: “somos mais que vencedores”. Paulo estava convicto de que o amor de Deus é tão grande e incondicional que “nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (vs.38,39).
Na nossa cultura pragmática e competitiva, o conceito de vitória está relacionado com resultado. Quem chegar primeiro, é o vencedor! E quem vai chegar em primeiro será quem for o melhor, o mais preparado, o mais forte, o mais inteligente, o mais esperto, o mais… Segundo Paulo, porém, o conceito de vitória não tem a ver com um resultado produzido pela nossa própria capacidade pessoal, mas com o fato de que Deus nos ama gratuitamente. Não somos mais que vencedores por alguma conquista pessoal, mas porque Deus “nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15.57). Assim, Paulo também diz: “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo” (2Co 2.14).
Vivendo num mundo que nos impõe tantas perdas, as palavras de Paulo são como uma luz na escuridão. Saber que, apesar de nossas perdas, fracassos, limitações e incompetências, podemos ser “mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” nos liberta da tirania da concorrência e da competitividade. Quando vemos os outros e a nós mesmos do ponto de vista do amor de Deus, ficamos seguros o suficiente para não depender de reconhecimentos e elogios, bem como para evitar a inveja e a cobiça. Como Henri Nouwen diz: “estou convencido de que muitos dos meus problemas emocionais se derreteriam como neve ao sol se eu pudesse deixar que a verdade do amor de Deus, que não faz comparações, penetrasse em meu coração”. Deus o abençoe.

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