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Liberdade. Muitos viveram por ela. Muitos viveram sem ela. Muitos sonharam, lutaram e até morreram por ela. Valor inestimável para a humanidade, a liberdade tem sido causa de guerras e revoluções, tem dado sentido para a vida e para a morte. Ao longo dessa história, a religião, – com seus dogmas, preconceitos e intolerâncias, tem sido vista como perseguidora e limitadora da verdadeira liberdade. Esta nunca foi a proposta de Jesus: um homem livre de preconceitos, que amava as pessoas incondicionalmente, oferecendo-lhes uma nova razão de viver. A Comunidade Icthus oferece a oportunidade de rediscutir o conceito de liberdade, a partir dos ensinamentos de Jesus Cristo, e também de experimentá-la de forma plena e integral, proporcionando paz, amizade, restauração e um novo propósito pra vida. Como disse Santo Agostinho, “o homem é mais livre quando controlado apenas por Deus”. Nossas reuniões: Endereço:205 Portobello Road London W11 1LU,Notthing Hill . Data e Horário: Todos os Domingos, às 19h. Contato:info_icthus@hotmail.com ou 07901213802

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Como voce ve a sua igreja


Em seu livro “Igreja: Por que se Importar?”, Philip Yancey fala sobre a sua peregrinação de retorno à igreja, depois de um longo período de afastamento e a superação de muita mágoa e ressentimento no coração. Assim como ele, muitos hoje também se decepcionam com a igreja, pelos mais variados motivos: hipocrisia dos membros, falta de atenção, espírito de competição, desorganização da liderança, frieza espiritual etc. No livro citado, Philip Yancey revela que a raiz do problema estava na maneira equivocada como ele olhava para a igreja. Assim, ele aponta algumas sugestões para nossa melhor compreensão e visão do que significa ser igreja. Preste atenção, e…
Olhe pra cima
Temos a tendência de enxergar a igreja de uma forma muito consumista. Quando isso acontece, vamos ao culto como clientes, esperando, ainda que de forma inconsciente, sempre “satisfazer nossas necessidades”. Como nossa maior preocupação está em nós mesmos avaliamos o sucesso da igreja e de suas atividades de acordo com o nosso gosto pessoal. Esse comportamento é uma decorrência do fato de não olharmos para cima, compreendendo que a igreja não é um organismo com vida e luz própria, mas um corpo que tem uma cabeça de onde emana controle, ou uma noiva, que se completa com a chegada do noivo. Cristo é o centro da igreja. Sem ele, nada podemos fazer (Jo 15.5). Ele, e não nós, deve ser a razão primeira de ser da igreja; Ele, e não nós, deve ser agradado; Ele, e não nós, deve ser adorado. É verdade que a igreja também é um lugar de cura, um lugar de ajuda, um lugar onde nos alimentamos e encontramos refúgio. Mas tudo isso deve ser uma conseqüência do fato de que é ali que as pessoas têm um encontro com Deus. Quando olhamos para cima, saímos da posição de espectadores e assumimos nossa verdadeira posição de adoradores.
Olhe ao redor
Além de olhar para cima, também precisamos aprender a ver a igreja, olhando ao redor… e descobrir que a igreja é composta de pessoas diferentes de nós. Philip Yancey comenta que no seu retorno à igreja cometeu o erro de procurar intencionalmente igrejas compostas de gente igual a ele: “Procurava uma congregação no meu nível de preparo acadêmico, com meu pano de fundo de conhecimentos bíblicos e meus gostos quanto aos hinos e à liturgia”. A verdade, porém, é que a igreja foi a primeira instituição do mundo a nivelar igualmente judeus e gentios, homens e mulheres, escravos e livres, negros e brancos. Precisamos aprender que unidade não significa uniformidade e diversidade não significa divisão. A igreja é composta de pessoas diferentes, com temperamentos, gostos, níveis sociais e histórias diferentes. Essa diversidade nos ajuda a entender que não estamos sozinhos, a aceitar opiniões diferentes, a exercitar a humildade de ceder em prol da comunidade, a descobrir que o “nós” é mais importante que o “eu”.
Olhe para fora
O arcebispo William Temple foi o primeiro a dizer que a igreja é a única sociedade cooperativa do mundo que existe em benefício dos que não são seus membros. Em nossa busca pelo conforto, muitas vezes nos esquecemos que a igreja existe fundamental e irreversivelmente relacionada com uma missão: fazer discípulos, ser sal da terra e luz do mundo. Não é por acaso que a palavra grega traduzida por “igreja” seja “ekklesia”, que significa, literalmente, “chamados para fora” (do mundo e para o mundo). Missão não é aquilo que a igreja faz, organiza ou patrocina, mas aquilo que ela é, por natureza. Existimos para servir e, como alguém já disse, “uma igreja que não vive para servir, não serve para viver”. Uma igreja que não olha para fora, que não se envolve com a comunidade ao seu redor, que não se preocupa com as questões sociais e espirituais que a cercam, poderá ser um clube, um SPA, uma ONG, uma terapia de grupo, mas nunca uma igreja do Senhor Jesus. O famoso pregador internacional Luis Palau disse certa vez que a igreja é como o esterco: se empilharmos num só lugar, vai cheirar mal; mas se o espalharmos pela terra, enriquece o solo e produz crescimento. Jesus disse que se o sal (e ele comparou a igreja com o sal) perder o seu sabor, a sua capacidade de gerar sabor e preservar, influenciar, para nada mais seve… Assim, quando aprendermos a enxergar a igreja olhando para fora, estaremos mais interessados naquilo que podemos dar por ela e para ela do que com aquilo que ela pode nos dar.
Olhe para dentro
Depois de olhar para cima, ao redor e para fora, também precisamos enxergar a igreja olhando para dentro de nós mesmos. O grande mal dos fariseus, na época de Jesus, era que eles estavam mais dispostos a olhar para os defeitos e erros dos outros do que para as suas próprias deficiências: “Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?” (Mt 7.3). Os fariseus haviam invertido a situação: viam ao redor aquilo que deveriam ver em si mesmos (os pecados) e viam em si mesmos aquilo que deveriam ver nos outros, ao redor (as virtudes). A igreja deve ser o lugar onde podemos olhar para nós mesmos e ver aquilo que de fato somos: pecadores perdoados e alcançados pela graça. Às vezes é preciso refletir: com o que a igreja iria se parecer se todos fossem como eu? Olhando para dentro, aprendemos a cuidar da própria conduta, a lutar para no que depender de nós, manter a paz com todos, deixando os irmãos viver uma vida de liberdade, preservando assim a comunhão. Quem não vê a igreja olhando também para dentro de si mesmo, tem uma postura sempre muito crítica e julgadora, para não dizer aprisionadora.
Que Deus nos ajude a compreender a igreja e aprender a amá-la, olhando para cima, ao redor, para fora e para dentro. Deus o abençoe.

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